Lançado em fevereiro de 2010 no exterior, o serviço de video on demand
HBO GO está em testes no Brasil. Restrito a alguns clientes da
operadora Sky, a novidade será liberada para toda sua base de assinantes
(que tem o pacote de canais com todos os HBO) até o final de agosto,
com acesso restrito a computadores. No começo de 2013 a empresa lançará
apps que darão acesso ao conteúdo em iPhones, iPads e Androids.
HBO Go chega ao Brasil no final de agosto (Foto: André Fogaça)
Diferentemente do Netflix ou Netmovies, o HBO GO não é um serviço
online no estilo 'pague uma mensalidade e tenha acesso ao catálogo de
filmes'. O produto funciona em parceria com operadoras de TV por
assinatura, como Sky, NET e GVT, e tem como requisito a assinatura dos
canais HBO. Assim, o acesso as séries e filmes poderão ser feitos via
internet, sem custo adicional para o cliente.
Além de listar filmes de diversos estúdios, o site também tem séries,
documentários, programas esportivos e adultos criados pelo próprio
canal. Os filmes chegam ao serviço depois de uma semana da estreia no
canal por assinatura, e as séries produzidas pela própria empresa chegam
em até 48 horas depois da exibição na TV. O objetivo é permitir que o
assinante possa assistir filmes e séries que não estão mais na grade da
programação do canal.
HBO Go rodando a segunda temporada de Game of Thrones, série exclusiva da HBO (Foto: André Fogaça)
Por enquanto apenas assinantes da Sky poderão usufruir do HBO GO (que
assinam o pacote HBO Max), mas a empresa negocia com outras operadoras
de televisão por assinatura do Brasil – como a GVT, NET e outras – para
também lançar o serviço aos seus clientes. A tecnologia utilizada no
serviço – assim como o Netflix – se adapta à velocidade da internet que
você tem em casa, e a reprodução do conteúdo é feita em Flash.
Todas as séries estão disponíveis em Full HD (1080p). Já os filmes
estão, em sua grande maioria, em HD (720p), mas a resolução destes deve
aumentar gradativamente. Infelizmente não é possível trocar o áudio
reproduzido (para deixar um filme dublado, por exemplo), mas o usuário
pode inserir ou retirar as legendas em português do Brasil.
Pesquisa feita por
consultor mostra que país ocupa o quarto lugar entre os que enviam mais
recursos ao exterior, livres de imposos
Cédulas de dólar
(Divulgação)
Uma elite global de super-ricos escondia pelo menos 21 trilhões de
dólares em paraísos fiscais no fim de 2010, revela estudo elaborado por
James Henry, ex-economista-chefe da consultoria McKinsey. O volume
equivale ao das economias de Estados Unidos e Japão juntas, destaca a
rede pública britânica BBC em sua página na internet. De acordo com
Henry, 21 trilhões de dólares é uma estimativa conservadora. O número
final, prossegue ele, poderia alcançar 32 trilhões de dólares.
De acordo com o relatório, os super-ricos brasileiros possuem cerca de
520 bilhões de dólares (mais de 1 trilhão de reas) em contas em paraísos
fiscais – quantia que coloca o país em quarta posição nessa modalidade
de conta, na comparação mundial. Na América Latina, além do Brasil,
países como o México, a Argentina e Venezuela aparecerem entre os vinte
que mais enviaram recusos a paraísos fiscais.
O estudo foi encomendado pela Rede de Justiça Tributária – um grupo de
pressão que faz lobby contra paraísos fiscais. Henry baseou sua pesquisa
em dados do Banco de Compensações Internacionais (BIS, por suas
iniciais em inglês), do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco
Mundial e de governos de diversos países.
O autor do estudo concluiu que o dinheiro deixou dezenas de países com
destino a contas secretas em bancos estabelecidos em lugares como a
Suíça, as Ilhas Cayman e outros conhecidos paraísos fiscais, que buscam
atrair os depósitos de pessoas de renda elevada ante promessas de sigilo
do titular da conta e redução ou isenção de impostos. O jornal
britânico The Guardian destaca que, ainda de acordo com o
levantamento de Henry, os correntistas contaram com a ajuda direta de
diversas instituições financeiras privadas.
"O que é mais chocante é que alguns dos maiores bancos do mundo estão
envolvidos até o pescoço em iniciativas para ajudar seus clientes a
sonegarem impostos e a transferirem sua riqueza a paraísos fiscais",
declarou John Christensen, da Rede de Justiça Tributária, em entrevista à
emissora pan-árabe de televisão Al Jazeera. "Nós estamos falando de
marcas muito grandes e bastante conhecidas. HSBC, Citigroup, Bank of
America, UBS, Crédit Suisse, etc. Alguns dos maiores bancos do planeta
envolvidos nisso. E eles o fizeram sabendo muito bem que seus clientes,
na maioria dos casos, estavam sonegando impostos", afirmou Christensen.
Em entrevista à à BBC, Christensen afirmou que países exportadores de
riquezas minerais seguem um padrão. Segundo ele, elites locais vêm sendo
abordadas há décadas por bancos, principalmente norte-americanos, para
enviarem seus recursos ao exterior. "Instituições como Bank of America,
Goldman Sachs, JP Morgan e Citibank vêm oferecendo este serviço. Como o
governo americano não compartilha informações tributárias, fica muito
difícil para estes países chegar aos donos destas contas e taxar os
recuros", afirma.
Segundo ele, além dos acionistas de empresas dos setores exportadores
de minerais (mineração e petróleo), os segmentos farmacêutico, de
comunicações e de transportes estão entre os que mais remetem recursos
para paraísos fiscais.
"As elites fazem muito barulho sobre os impostos cobrados delas, mas
não gostam de pagar impostos", observa Christensen. "No caso do Brasil,
quando vejo os ricos brasileiros reclamando de impostos, só posso crer
que estejam blefando. Porque eles remetem dinheiro para paraísos fiscais
há muito tempo", ironiza.
Por Raquel Sodré, do Rio de Janeiro
(Colaboração para a SUPERINTERESSANTE)
O remake de “O Vingador do Futuro” só estreia no dia 17 de agosto no
Brasil. Mas se você ainda não está convencido de que assistir ao filme é
uma boa ideia, a gente garante que há vários bons motivos. O primeiro é
Colin Farrell, o protagonista, que interpreta um cidadão comum que
recebe um implante de memória. A SUPER conversou com o ator no Rio de
Janeiro. E você lê agora o que ele não contou para mais ninguém. A última vez que você trabalhou em uma grande produção de Hollywood foi em “Miami Vice” (2006). O que “O Vingador do Futuro” tem de tão especial que te trouxe de volta?
Não vejo um roteiro assim desde “Miami Vice”. Eu li algumas coisas,
mas não gostei delas a ponto de querer fazer. A grana era boa, eram
grandes filmes, mas se você vai passar três, quatro ou cinco meses
gravando um filme, é melhor que você goste do que está fazendo. Eu li o
roteiro de “O Vingador do Futuro” e, no início fiquei meio cético com
relação ao filme por ser um remake. Mas Len [Wiseman, que dirige o longa] me convenceu. Como?
Len é um ótimo desenhista. Quando entrou pela primeira vez no set de
filmagens, ele levou uns desenhos enormes de como ele imaginava o
universo do filme. Eram desenhos incríveis! A criança de cinco ou seis
anos que mora em mim disse “Uau! Eu poderia estar nesse filme!”. O que você mais gosta na história do novo “O Vingador do Futuro” e em seu personagem, Douglas Quaid?
Sobre a história, gosto do fato de o filme comentar sobre questões
que trazem reflexão, questões que estão debaixo da superfície, como um
governo patriarcal, como um pequeno grupo de pessoas controlando um
grande poder e indo contra a maioria. E o que eu gosto mais em Douglas
Quaid? Eu não sei! Não sei, porque ele não sabe quem ele é! Mas acho que
gosto de sua persistência, de sua busca. Ele está buscando quem ele
realmente é e isto é algo que todos fazemos: nós todos nos fazemos
perguntas sobre as nossas vidas.
Colin Farrell faz cara de galã, mas a gente jura que ele é simpático.
Você já fez de tudo, da comédia pastelão “Quero matar meu
chefe” (2011) até o independente “Coração louco” (2009). A preparação
muda muito de um papel para o outro?
É mais ou menos a mesma coisa. O que importa é o potencial da
história. Eu me preparei para “O Vingador do Futuro” da mesma forma que
me preparei para “Na Mira do Chefe” (2008) ou para “Ondine” (2010) ou
outros filmes pequenos. Tratei este filme como uma produção estudantil
de US$50 mil, mas com brinquedos maiores.
O seu visual também mudou muito. Quem não se lembra da
cabeleira loira de “Alexandre” (2004)? Como você mudou fisicamente para
“O Vingador do Futuro”?
O roteiro de “O Vingador do Futuro” não trazia nenhum detalhe com
relação à aparência de Douglas Quaid. Eu sabia que, nesta versão do
filme, o personagem tinha um passado militar. Então, tive que entrar em
forma, fiquei mais forte do que jamais estive porque sabia que teria que
gravar cenas de ação. Já em “Quero Matar Meu Chefe”, eu li o roteiro e
enxerguei muito claramente o cara daquele jeito. Então, levei isso para o
diretor e ele achou uma boa ideia. Foi daí que veio a barriga e o
cabelo bizarro. Em “Ondine” eu já estava sem trabalhar havia mais ou
menos um ano e meu cabelo estava bem comprido. O diretor pensou em
cortá-lo, mas eu pensei no que seria mais fácil de manter do ponto de
vista do personagem. E o mais prático é não cortar o cabelo nunca! Então
deixamos meu cabelo grande. Na verdade, eu não sei bem dizer de onde
vêm essas coisas. Você lê o roteiro e as ideias aparecem.
No filme, Douglas Quaid é um cara que se cansa da vidinha besta e resolve fazer um implante de memória. Se você pudesse implantar uma memória na vida real, qual seria?
Eu escolheria ser um jogador de futebol. Meu pai foi jogador de
futebol e isso foi o que eu achei que quisesse ser até os 14 anos de
idade. Mas aí comecei a andar atrás de garotas e a estudar teatro e
virei ator (risos).
Imagens: 1. Sony Pictures/Divulgação / 2. Thiago Sperotto Fagundes
O carteiro Jaime Garabito, um dos personagens de Chaves, ficou famoso pela sua frase: "Só quero evitar a fadiga". Nesta semana, o ator Raul Padilla, intérprete do personagem, ganhou uma estátua na sua cidade natal, o município mexicano de Tangamandápio (sim, a cidade existe mesmo).
Citada pelo personagem Jaiminho, a cidade ganhou notoriedade por conta do seriado criado por Roberto Bolaños e que faz enorme sucesso no Brasil. Segundo Juan Campos González, prefeito da cidade, a estátua é uma maneira da cidade agradecer ao personagem por tornar a cidade tão conhecida.
A estátua em homenagem ao carteiro foi erguida em bronze e tem 1,70 metros de altura. Com custo de R$ 300 mil, está localizada "calle Madero", umas das principais ruas do município mexicano. (vi no Terra)
O lutador cearense Rony Jason, campeão peso-pena da versão brasileiro do The Ultimate Fighter, conheceu nesta quarta-feira (25) seu adversário no UFC 153, que será realizado em 13 de outubro no Rio de Janeiro.
O oponente será o norte-americano Sam Sicilia, participante da 15ª edição do TUF nos Estados Unidos. Sicilia foi eliminado do evento ainda na fase inicial, quando perdeu para Chis Saunders. Em seu cartel de lutas, o atleta venceu nove dos últimos onze confrontos.
Do outro lado, sem contar as lutas na casa TUF Brasil, o cearense Jason lutou quatorze vezes, triunfando em 11 delas. Os dados fazem parte do cartel oficial do atleta.
Duelos confirmados para o UFC 153:
José Aldo x Erik Koch (pelo cinturão do peso pena)
Passamos um bocado de tempo sem nenhuma novidade sobre nossa saga favorita de todos os tempos: “Crepúsculo”! Pois parecia que os céus iam cair e os mares ferver de tanta espera a que fomos submetidos! Oh, os meus sais!!!
Mas eis que como um raio de luz refletindo em Edward, a esperança reluziu como uma fada e novas imagens com os membros coadjuvantes de “A Saga Crepúsculo – Amanhecer Parte 2” finalmente chegam a nossas mãos!
Vamos celebrar!
Temos aqui desde os membros da família Cullen, até diversos outros personagens do elenco que não faço a menor ideia de quem sejam, pois a única que realmente me interessa nessa história é a Alice, que é tão linda que eu gostaria de levar pra casa.
E vou dizer que o photoshop destas imagens é tão perfeito que os personagens não parecem de forma alguma, com bonecos do Senhor Cabeça de Batata em que as peças foram encaixadas errado! Tampouco se assemelham com versões piratas do Action Man de plasticão barato, que podem ser compradas em camelôs por 1 Real!
Não senhor! Só o melhor para os Cullen!
“A Saga Crepúsculo – Amanhecer Parte 2” chega ao Brasil em 16 de novembro! Ai que afliçãozinha pela espera!
Após bater Chael Sonnen no UFC 148, Anderson Silva o convidou para um churrasco, diante do público presente em Las Vegas. A provocação prosseguiu em uma propaganda de um de seus principais patrocinadores: sem citar o nome do americano, o Spider oferece um vale-lanche para o novo hambúrguer da rede, sabor picanha. No final, a alfinetada: “Agora sim você vai poder dizer que ganhou alguma coisa de mim. O sabor da vitória”. Confira o vídeo:
O Facebook está trabalhando com a HTC para desenvolveu seu smartphone
próprio para ser lançado em meados de 2013, disseram fontes
familiarizadas ao assunto para a agência “Bloomberg”.
Ambas as companhias planejam lançar o smartphone ainda no fim deste
ano, mas mudou o calendário para dar a HTC mais tempo de trabalhar em
outros produtos, disse uma das fontes, que pediram anonimato.
O Facebook também está desenvolvendo um sistema operacional modificado
para o smartphone e montou uma equipe de ex-programadores da Apple para
melhorar o aplicativo para o iPhone, conforme a “Bloomberg”.
Mais da metade dos 900 milhões de usuários do Facebook acessam a rede
social por meio de dispositivos móveis, enquanto nenhum dos US$ 3,15
bilhões das vendas de publicidade em 2011 veio de anúncios em celulares.
Segundo a “Bloomberg”, o presidente-executivo do Facebook, Mark
Zuckerberg, poderia usar um celular do Facebook, com funções da rede
social embutidas, para atrair comerciantes e atenuar as preocupações que
levam à queda das ações da companhia.
“O uso está se deslocando para o celular, e eles ainda não foram
capazes de rentabilizar o acesso móvel", disse Anthony Victor, analista
da Topeka Capital Markets.
A Seleção Brasileira Feminina cumpriu com o esperado e conseguiu uma vitória tranquila em sua estreia na Olimpíada de Londres. A equipe dominou Camarões do início ao fim e não sofreu qualquer ameaça na goleada por 5 a 0 que conquistou nesta quarta-feira, no Millenium Stadium, em Cardiff.
Fabiana, Cristiane, Maurine e Marta dançam na comemoração do terceiro gol brasileiro
Os dois primeiros gols marcados pela equipe comandada por Jorge Barcellos saíram no primeiro tempo de jogo. Logo aos seis da etapa inicial, Francielle cobrou falta da esquerda, e a goleira Ngo Ndom aceitou. Três minutos depois, a mesma Francielle bateu escanteio da esquerda e encontrou a cabeça de Renata Costa para anotar o segundo.
Na etapa complementar, Marta cobrou pênalti, aos 26, e aproveitou cruzamento da linha de fundo, aos 42, para marcar dois, enquanto Cristiane fez um golaço, aos 33, para se tornar a maior artilheira da histórias da Olimpíada.
Com a vitória conquistada, o técnico Jorge Barcellos cumpre o objetivo inicial traçado para sua equipe e aguarda o próximo para encaminhar a classificação do time às quartas de final. O Brasil entrará em campo para medir forças com a Nova Zelândia, às 10h30, em Cardiff, enquanto Camarões receberão o Reino Unido, às 13h15, no mesmo dia e local.
O Jogo - Os cinco primeiros minutos da partida foram de tensão para a Seleção Brasileira. Camarões começou no ataque e pressionou a equipe logo após o apito inicial da árbitra Jenny Palmqvist. Entretanto, a displicência defensiva das africanas levou o time à ruína. Após cometer falta na esquerda e receber o amarelo, Manie viu Francielle enganar a goleira Ngo Ndom e colocar a bola no canto que a camisa 1 havia armado a barreira.
O gol marcado no início do confronto foi um banho de água fria para as camaronesas. A equipe não se encontrava em campo e ainda tinha que superar a insegurança de sua arqueira. Ao ganhar escanteio pela esquerda, Francielle cruzou para dentro da área e encontrou a cabeça de Renata Costa. A jogadora subiu mais alto que as demais e testou firme para marcar o segundo da Seleção.
Com a vantagem estabelecida no marcador, a equipe brasileira passou a cadenciar o jogo e tocar a bola em seu setor defensivo. O time sentiu muito a falta de uma armadora no meio-campo e encontrou dificuldades para sair jogando com qualidade. As três zagueiras posicionadas à frente da goleira Andreia tentavam trabalhar a bola, mas distribuíam bolas ruins para o ataque.
A dificuldades de envolver a marcação africana levou a equipe a arriscar de fora da área. Formiga, aos 19 minutos, foi a primeira a chutar de longe, seguida por Francielle e Ester no restante da etapa inicial. Os tiros, entretanto, não levaram qualquer perigo a Camarões e se perderam na linha de fundo.
Mesmo sem pressionar suas adversárias, as jogadoras brasileiras conseguiam dominar o meio-campo e livrar Andreia de qualquer ameaça. O time ainda teve uma boa chance aos 38 minutos e quase ampliou o marcador em uma nova falha da goleira Ngo Ndom. Ester tentou novamente de fora da área e viu a arqueira rebater de forma esquisita para a linha de fundo.
No segundo tempo, Jorge Barcellos apostou na experiência de Cristiane para o lugar ocupado pela jovem Thais Guedes. A alternativa seria um modo de fazer com que Marta entrasse no jogo e conseguisse se livrar da marcação para criar novas alternativas na frente. Contudo, a mudança não provocou resultados imediatos e manteve a equipe com a mesma postura tática em campo.
A apatia demonstrada por Marta em campo foi quebrada apenas aos nove minutos da segunda etapa. A jogadora, eleita cinco vezes a melhor do mundo pela Fifa, recebeu bom passe do meio-campo e partiu livre de marcação. Ao tocar na saída de Ngo Ndom, a atleta foi ao chão e pediu o cartão vermelho para a goleira. A juíza, no entanto, ignorou as reclamações e mandou o jogo seguir.
Em resposta, Marta apareceu novamente aos dez minutos. A jogadora tentou aproveitar sobra na pequena área e só não empurrou para as redes, porque Ngo Ndom se lançou aos seus pés e conseguiu segurar a bola. O lance trouxe mais confiança para a desacreditada arqueira, que passou a sair de sua meta e evitar o perigo iminente que os cruzamentos traziam para sua equipe.
Enquanto a goleira se recuperava e evitava o perigo pelo alto, as jogadoras de defesa continuavam displicentes. Aos 26 minutos, Marta receberia cruzamento da esquerda, mas foi empurrada dentro da área e ganhou a penalidade máxima para o Brasil. A camisa 10 da Seleção tomou a bola e chutou no canto de Ngo Ndom para ampliar a vantagem no marcador.
Antes do término da partida, a Seleção chegaria ao quarto gol com Cristane. Após Ngo Ndom praticar uma linda defesa em um chute da atacante, a atleta não desperdiçou aos 33 minutos de jogo e marcou um golaço. A jogadora invadiu a área e driblou a goleira para anotar o gol que a levou ao posto de maior artilheira da história dos Jogos Olimpícos.
Os 11 gols marcados por Cristiane em todas as edições das Olimpíadas motivaram um respeito excessivo por parte das camaronesas. Ao criar uma jogada na linha de fundo, a atacante carregou toda a marcação consigo e conseguiu o cruzamento para dentro da área. Confusa, a goleira Ngo Ndom não acompanhou e viu Marta selar a goleada com um chute da marca de pênalti.
Um novo cavalo de troia vem infectando computadores baseados no sistema
Mac OS X. A nova praga é conhecida como Crisis e tem a capacidade de se
instalar no computador hospedeiro sem a necessidade de permissão ou
comandos por parte do usuário. Até o momento, o trojan também vem sendo
bem sucedido em manter-se oculto às medidas de segurança.
O vírus roda nas versões 10.6 e 10.7 do Mac OS X e os desenvolvedores
da Integro reportam que sua detecção em sistemas com acesso ao root do
sistema é ainda mais difícil. Em sistemas com essa característica, o
trojan consegue instalar pacotes que o deixam ainda mais difícil de
localizar e remover.
A Integro explica que o arquivo do Crisis foi construído com recursos
comuns nos malwares para Windows. O código é estruturado de uma maneira
que torna difícil a aplicação de engenharia reversa para entender seu
funcionamento e os danos potenciais que ele causa ao sistema hospedeiro.
De acordo com a Integro, o malware tenta se conectar a um endereço de
IP a cada cinco minutos para receber instruções. Como a descoberta da
praga é relativamente recente, ainda não se estabeleceu o tipo de danos
em potencial que o Crisis pode causar ao computador e, por conta disso,
ao menos até o momento, a Integro o considera uma ameaça de baixo risco.
Mais uma atração internacional foi confirmada para o Ceará Music, além do Evanescence. Segundo o empresário Pedro Coelho Neto, o rapper Pitbull estará na programação do festival, que acontece nos dias 12 e 13 de outubro, no Marina Park. A informação foi revelada com exclusividade durante o Fortal. Neto, que é um dos sócios do evento, adiantou ainda que mais três atrações internacionais serão fechadas em breve. Aguardem por aqui!
Com uma pegada que mistura dance music com música latina, Pitbull estará de volta a Fortaleza, após sua estreia em janeiro, no Mucuripe Club. Nesta segunda apresentação, o americano, de ascendência cubana, tocará os seus maiores sucessos, entre eles, ”On The Floor”, parceria com Jennifer Lopez, e o inédito ”Get It Started”, single que contou com participação de Shakira, lançado em junho. É a segunda vez que a colombiana colabora com o astro. O primeiro hit, assinado pelos dois juntos, foi “Rabiosa”.
Participam da votação os artistas: Ana Carolina, Biquini Cavadão, Blitz, Cachorro Grande, Capital Inicial, Charlie Brown Jr., Chimarruts, Cidade Negra, Cine, CPM 22, Criolo, Dead Fish, Detonautas, Emicida, Forfun, Frejat, Fresno, Gabriel O Pensador, Gloria, Jay Vaquer, Jorge Vercillo, Jota Quest, Kid Abelha, Los Hermanos, LS Jack, Ludov, Lulu Santos, Mallu Magalhães, Marcelo D2, Marcelo Jeneci, Maskavo, Matanza, Móveis Coloniais de Acaju, Mundo Livre S/A, Nando Reis, Natiruts, Nenhum de Nós, NX Zero, O Rappa, Teatro Mágico, Paralamas do Sucesso, Pato Fu, Pitty, Planta e Raiz, Ponto de Equilíbrio, Raimundos, Reação em Cadeia, Restart, Roberta Sá, Roupa Nova, Sepultura, Skank, Strike, Thiago Pethit, Tihuana, Titãs, Ultraje a Rigor e Vanessa da Matta .
A Time 4 Fun, produtora responsável pelos shows da bandaLinkin Parkno Brasil, divulgou os valores das entradas dos shows que o grupo realizará em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre em outubro.
As entradas estarão à venda nas bilheterias oficiais, pela internet, pelo telefone (4003-5588) e nos postos de venda espalhados pelo país. As vendas terão início no próximo dia 30 para o show de São Paulo, no dia 1º de agosto para os shows de Curitiba e Porto Alegre e no dia 6 de agosto para o show do Rio de Janeiro. Haverá opção de meia-entrada para todos os ingressos dos shows.
A pré-venda para o fã-clube acontecerá entre os próximos dias 25 e 29 para São Paulo e Rio de Janeiro e entre os dias 27 e 31 para Curitiba e Porto Alegre.
Confira o valor das entradas e as informações sobre os quatro shows do Linkin Park no Brasil:
São Paulo Data: 7 de outubro Horário: 20h30 Local: Arena Anhembi Ingressos: R$280 (pista) e R$600 (pista premium)
Rio de Janeiro Data: 8 de outubro Horário: 22h Local: Citibank Hall Ingressos: R$300 (pista), R$450 (poltrona), R$600 (camarote) e R$700 (pista premium)
Curitiba Data: 10 de outubro Horário: 21h30 Local: Estádio Durival de Britto (Paraná Clube) Ingressos: R$180 (arquibancada), R$250 (pista), R$300 (cadeira) e R$500 (pista premium)
Porto Alegre Data: 11 de outubro Horário: 21h30 Local: Estádio do Zequinha Ingressos: R$180 (arquibancada), R$200 (cadeira) e R$300 (pista premium)
Ele já foi palestrante da Nasa, publicou artigos científicos e participou de importantes descobertas recentes da astronomia. Em entrevista à Galileu, ele diz o que ainda pode ser quando crescer
por João Mello
Tanishq é fã de astronomia, mas ele quer mesmo é estar onde a ciência acontece //Crédito: Reprodução
Tanishq Abraham tem 9 anos de idade. Ele gosta de assistir Disney Channel, Nickelodeon e Looney Tunes, mas tem uma frustração: não o deixam entrar na faculdade. “Se uma pessoa de 80 anos pode se formar, então uma criança de 8 anos também deveria ter a chance”, ele argumenta, sem um pingo de insegurança ou falsa modéstia. Acontece que, quando o assunto é capacidade intelectual, Tanishq não tem muitos motivos para ser modesto.
Aos 4 anos, ele entrou para a Mensa, sociedade internacional fundada em 1946, para reunir os cidadãos com com o mais alto QI do planeta. Os famosos gênios. Ele só não é a pessoa mais nova a ingressar na entidade, pois sua irmã, Tiara, entrou com a mesma idade. Aficionado por ciência, Tanishq tem um gosto especial por astronomia: o garoto participou da descoberta de tempestades solares e exoplanetas, já publicou diversos artigos científicos e na semana passada foi o mais novo palestrante a realizar uma apresentação em uma conferência da Nasa.
Nascido nos Estados Unidos e filho de indianos, Tanishq esbanja orgulho de suas origens: “O Bóson de Higgs tem esse nome por causa de Satyendra Bose, um cientista indiano”, ele lembra. O garoto também mostra uma aguçada e incomum preocupação com questões sociais e ambientais. Critica a cultura dos carrões norte-americanos, que “gastam muita gasolina e poluem demais” e diz que a saída para a desigualdade social é a educação. Apesar de novo, ele não tem tempo a perder. Seu objetivo é ser liberado para entrar na faculdade com 10, 11 anos no máximo (se dependesse dele, já estaria lá). Depois, quer ser um cientista famoso e presidente dos EUA. A gente não duvida.
Tanishq Abraham conversou com a Galileu e falou sobre a rotina de uma criança gênio: uma mistura de desenho animado, ciência lunar, Michael Jackson, música clássica, Youtube e programação em Python.
Veja como foi a entrevista:
Quando as pessoas perceberam que seu QI era mais alto que a média?
Tanishq Abraham: Minha mãe foi a primeira pessoa a notar. Quando eu tinha 4 meses ela comentou com meu pai e ele não acreditou.
Quando não está na escola, o que você gosta de fazer?
Tanishq Abraham: Eu brinco com minha irmã ou então navego na internet: gosto de ler e pesquisar sobre assuntos científicos. Também assisto TV e programo: eu entendo de Python e estou aprendendo C# e HTML. Leio livros tipo Hardy Boys (série clássica de histórias sobre irmãos adolescentes que investigam crimes) e revistas de tecnologia. Sempre que posso uso meu telescópio durante a noite.
Você gosta de música também, certo? Toca algum instrumento?
Tanishq Abraham: Sim, eu amo música. Faz três anos que eu participo do San Francisco Boys Chorus. Eu e minha irmã também começamos a aprender piano com 3 anos de idade e já participamos de vários recitais. Eu também gosto de compor, mas agora estou sem tempo, já que estou mais interessado em meus projetos de pesquisa científica.
O que você gosta de ouvir? Gosta de Justin Bieber?
Tanishq Abraham: Eu gosto de música clássica, rock, pop, hip-hop e música cristã. Eu costumo escutar músicas no Youtube, especialmente de crianças talentosas...Já vi alguns vídeos do Justin Bieber e eles eram bons. Gosto muito da música You Raise Me Up do Josh Groban, além de algumas do Michael Jackson. Também curto dançar, aprendo muito com vídeos no Youtube.
Qual o conceito científico você tem mais dificuldade em entender?
Tanishq Abraham: Com 7 anos eu fiz um curso de astronomia e meus colegas não compreendiam as ideias de Einstein e a Teoria Geral da Relatividade, mas eu achei tranquilo. Minha mãe era da minha sala, ajudei ela a entender o assunto.
Qur que eu desenhe? Tanishq explica como é o exoplaneta que ele ajudou a descobrir //Crédito: Reprodução
Quais são suas matérias preferidas no colégio?
Tanishq Abraham: Ciência, ciência e ciência. Pode ser paleontologia, geologia, astronomia, ciência lunar, ciência terrestre, astrobiologia, microbiologia, neurociência, física, química, nutrição. Gosto de ler sobre civilizações passadas, evolução e a Bíblia. Não gosto de literatura inglesa e matemática às vezes é chata.
O que você quer ser quando crescer?
Tanishq Abraham: Desde os 5 anos eu quero ser um cientista famoso, que vai descobrir algo novo para o mundo. Depois, quero ser presidente dos EUA. O presidente Obama sempre me inspirou, também gosto do Abraham Lincoln e do George Washington. Já escrevi algumas cartas pro Obama, ainda estou esperando as respostas!
Na sua opinião, qual a melhor maneira de combater o aquecimento global?
Tanishq Abraham: Nos EUA, as pessoas usam uns carros enormes que usam muita gasolina e acabam poluindo demais. O transporte público deveria ser mais acessível também: em países da Europa e da Ásia isso já se vê. Carros híbridos e elétricos também são uma opção. Meus pais têm um desses eu acho legal.
Você se preocupa com questões sociais?
Tanishq Abraham: Sim, por isso que se eu for presidente eu poderei trazer uma mudança, especialmente no sistema educacional. As pessoas não ligam muito para a educação no meu país. Ter educação é legal. Te faz uma pessoa melhor, um mundo melhor.
Você já publicou artigos em uma revista científica. Você pode contar um pouco sobre eles?
Tanishq Abraham: Eu escrevi para a revista da Peninsula Astronomical Society, O primeiro texto foi publicado quando eu tinha 7 anos, em 2011. Desde então, três outros artigos saíram por lá. Eu tratei de vários assuntos, como as diferentes galáxias que existem, o descobrimento de uma supernova, de um exoplaneta e de uma tempestade solar. Os meus dois primeiros artigos estão no site da Nasa
Você acredita em vida extraterrestre?
Tanishq Abraham: Eu fui à uma conferência sobre o tema mês passado e pude conferir a fala de alguns dos cientistas mais pioneiros dessa área. Existe a possibilidade de achar vida microscópica, já que foi descobriram a existência de gelo em diversas luas: a nossa, a de Júpiter e a de Saturno. També podem existir extremófilos (organismo que vivem em condições ambientais extremas), assim como na Terra, que podem se desenvolver para formas mais complexas de vida.
Albert Einstein disse que a imaginação é mais importante que o conhecimento. Você concorda?
Tanishq Abraham: No meu caso, eu prefiro o conhecimento à imaginação. Mas isso não quer dizer que eu não sonhe, não imagine coisas... Normalmente, eu tenho ideias enquanto leio a aprendo sobre conceitos novos. Às vezes eu conto pros meus pais o que eu pensei, mas nem sempre eles me entendem!
RIO - O Comitê Olímpico da Grécia expulsou nesta quarta-feira da
delegação que vai competir em Londres a atleta do salto triplo Voula
Papachristou por comentários considerados racistas feitos por ela no
Twitter.
"Ela foi retirada da equipe olímpica por comentários
contrários aos valores e ao pensamento do movimento olímpico", disse em
nota oficial o comitê.
O alvo dos comentários de Voula foram os imigrantes africanos, principalmente os egípcios.
A atleta postou um pedido de desculpas em sua página no Facebook, lamentando por sua "piada desagradável e sem graça".
"Lamento
muito e estou muito envergonhada, pois nunca quis ofender ninguém ou
atingir os direitos humanos. Gostaria de me desculpar com todos amigos e
competidores que eu tenha ofendido ou envergonhado" disse Voula.
Apareceu em um site de testes de Windows Phone um aparelho misterioso
que promete ultrapassar todos os atuais dispositivos com a plataforma da
Microsoft. Sob o nome "Juggernaut Alpha", este produto fez 151,14
pontos no teste do WPBench, um índice acima de qualquer outro smartphone
testado pelo mesmo software.
Windows Phone 8 pode chegar ao mercado em
novembro (Foto: Divulgação)
O termo “juggernaut”, em inglês, indica uma força destruidora e
incontrolável. Talvez seja este o objetivo do criador do smartphone.
Enquanto ele faz pouco mais de cento e cinquenta pontos, outros
aparelhos não chegam sequer aos cem pontos. Por exemplo, o HTC Titan
aparece no mesmo teste em segundo colocado com 97,32 pontos. A distância
entre ambos é enorme.
Ainda não sabemos qual é a empresa por trás do misterioso Juggernaut
Alpha. Pode ser que o smartphone chegue ao mercado com outro nome —
hipótese bastante provável, visto que aquele registrado pelo WP Bench
não segue nenhum padrão comercial ao qual estamos acostumados. Há quem
diga que se trata de um Windows Phone usando processador de dois
núcleos. Essa combinação de hardware só é possível se o aparelho rodar
Windows Phone 8, próxima versão da plataforma, uma vez que os outros
celulares com sistema da MS não suportam vários núcleos.
Juggernaut Alpha (Foto: Reprodução)
Responsáveis pelo WP Bench esclarecem que os dados dos demais aparelhos
são calculados usando matemáticas para determinar a média. No caso do
Juggernaut Alpha, porém, eles têm amostragem de somente uma unidade — a
única que apareceu até agora no teste.
OS X Mountain Lion está disponível na loja iTunes. Nova versão aposenta o iChat e adota o iMessage.
A Apple disponibilizou nesta quarta-feira (25) a última versão do
sistema operacional para computadores Mac, chamada OS X Mountain Lion.
Usuários da Apple já podem atualizar a plataforma por US$ 20 na loja
iTunes (acesse aqui).
O Mountain Lion foi apresentado ao público em fevereiro de 2012, quando
o software foi disponibilizado aos desenvolvedores. A versão 10.8 do
Mac OS X traz mais de 100 novos recursos para os computadores Macs.
Nova versão chamada 'Mountain Lion' já está disponível na loja iTunes (Foto: Reprodução)
A grande novidade é que o sistema aposenta o iChat, que permitia
conversar por meio de texto e vídeo, e introduz o iMessage, programa de
troca de mensagens já usados no iPad e iPhone. Segundo a Apple,
os usuários poderão mandar mensagens ilimitadas, vídeos e fotos com
outras pessoas e retomar a conversa iniciada em um Mac no iPhone ou
iPad.
Há também um sistema de notificações de mensagens, e-mails e tuítes,
que aparecem em uma aba especial na tela principal do computador,
aplicativo de notas e listas de tarefas, tal qual no tablet e smartphone
da Apple. Ao clicar nas notificações, os programas referentes à
mensagem abrem automaticamente.
O sistema "Mountain Lion" substitui o "Lion", apelido da versão 10.7,
lançada em julho de 2011, e tenta unir os Macs com o sistema portátil
iOS, armazenando e sincronizando os dados com o sistema iCloud, já usado
por 100 milhões de usuários. O "Lion", lançado em junho de 2011, foi
adotado por apenas 30% dos usuários de Macs, com 50% ainda usando o
"Snow Leopard", de 2010.
UM DOS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS POR RECONSTRUIR O CLUBE, LUIS PAULO ROSENBERG FAZ BALANÇO SOBRE ÚLTIMOS CINCO ANOS E EXPLICA COMO TIME IRÁ LUCRAR ATÉ O MUNDIAL
POR RODRIGO CAPELO
A Copa Santander Libertadores é a principal obsessão do futebol brasileiro. Para um clube que nunca a havia vencido, e cujos torcedores eram atormentados por palmeirenses, são-paulinos e santistas, todos eles campeões continentais, o valor da conquista do campeonato é ainda maior. Foram nessas condições que o Corinthians se tornou o melhor time da América Latina neste ano, ao vencer o temido Boca Juniors na decisão do torneio, e consolidou a gestão do clube como uma das melhores do Brasil.
Os méritos pelo "título" fora de campo são ainda mais claros, principalmente, porque o clube havia sido rebaixado à segunda divisão menos de cinco anos antes, no fim de 2007, depois de ter se envolvido intensamente com o empresário iraniano Kia Joorabchian. As acusações de lavagem de dinheiro na empresa dele, a MSI, foram um dos fatores que contribuíram para que o Corinthians fosse à Série B. Trata-se de um renascimento.
E um renascimento ligado, principalmente, a alguns nomes. Andrés Sanchez, agora ex-presidente, foi quem assumiu o clube e o organizou na parte política. Mas a gestão foi reconstruída por Luis Paulo Rosenberg, renomado economista que foi, entre outros cargos, assessor do ministro Delfim Netto no governo de João Figueiredo, responsável por negociar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) durante a ditadura militar.
Faturamento
Ano
Variação ano a ano
R$ 290,4 milhões
2011
+37%
R$ 212,6 milhões
2010
+17%
R$ 181,0 milhões
2009
+54%
R$ 117,5 milhões
2008
-
No Corinthians, a evolução é facilmente notada em seus balanços patrimoniais. Entre 2008 e 2011, o faturamento anual saltou de R$ 117,5 milhões para R$ 290,4 milhões, o maior entre os clubes do país. Em entrevista à Época NEGÓCIOS, o ex-diretor de marketing e atual vice-presidente, Rosenberg, apontou quais foram os principais acertos: "o projeto mais importante foi o sócio-torcedor, e o segundo, a rede de franquias. Em três anos, abrir 110 lojas é inédito na história do futebol mundial".
Orador habilidoso, qualidade que certamente aprimorou durante as trativas com o FMI, e adepto de palavrões e provocações, do modo que o torcedor corintiano admira, o dirigente explicou como o Corinthians irá manter o crescimento nas receitas. O estádio é um dos principais pilares. No fim do ano, o clube pretende começar a venda de camarotes, espaços para corporações, entre outras propriedades comerciais, e a estimativa é obter R$ 100 milhões líquidos por ano.
Sem patrocinador máster desde abril passado, quando a Hypermarcas decidiu não estender o aporte que fez nas últimas temporadas, Rosenberg também justificou por que o clube ainda não vendeu essa cota. "O Corinthians é muito caro, negocia de forma muito dura e depois entrega mais do que combinou. Mas as empresas estão muito desalentadas com o quadro econômico mundial. Isso é economia, não é futebol".
A gestão do Andrés Sanchez começou no fim de 2007, com o Corinthians na segunda divisão, e menos de cinco anos depois a Libertadores foi conquistada, uma antiga obsessão da torcida. Quais foram os principais acertos, em termos de gestão, nesse período?Em primeiro lugar, a reforma do estatuto, tornando ele democrático, moderno e dinâmico. Em segundo, a blindagem do futebol. O Corinthians deve ser o clube com menos intervenção de corneteiros, empresários e familiares. Em terceiro, o estádio. E, em quarto, o marketing.
No caso do marketing, o que fez a maior diferença?O projeto mais importante foi o sócio-torcedor. O segundo, a rede de franquias. Em três anos, abrir 110 lojas é inédito na história do futebol mundial. E tudo o que a gente faz é para facilitar a vida da Fiel. Fizemos quatro longa-metragens, contando recortes da nossa história. Temos uma TV 24 horas em um canal a cabo exclusivo. O resto é decorrência.
Dá para citar também alguns erros importantes nesses cinco anos, medidas que hoje se mostram pouco acertadas? Dá, claro. Tentamos fazer um jornal semanal, não conseguimos. Tentamos fazer uma rádio FM, não conseguimos. Amistosos, então, nós somos um desastre. Não conseguimos colocar de pé nenhum amistoso notável.
Mas aí tem um problema de calendário, porque o brasileiro não bate com o europeu, e isso extrapola o Corinthians, não?
É verdade. Mas às vezes tem algumas brechas, tentamos fazer e não somos bons nisso.
A gestão do Corinthians é muito elogiada, com um faturamento que cresce ininterruptamente há vários anos, e o maior contrato de TV do país. Ainda existe hoje a possibilidade de haver um retrocesso na gestão do clube? É mais ou menos a situação do Brasil. Se a gente eleger uma Cristina Kirchner [presidente da Argentina] tudo é possível. Se elegermos um débil mental que chega aqui e diz que loja e sócio-torcedor são p**** nenhuma, podemos regredir. O Corinthians é muito presidencialista, então temos que ser muito pedagógicos no que fazemos, explicar o porquê, para tentar manter. E, novamente usando a metáfora do Brasil, quanto mais democrático for o processo de eleição, menor esse risco. Sabe-se que um colégio eleitoral de três ou quatro mil tem muito mais chances de errar do que três ou quatro milhões.
No futebol brasileiro, isso é um problema recorrente. Um presidente faz um bom trabalho por dois, quatro ou seis anos, aí entra um novo, e as coisas começam a regredir. Tem como resolver esse problema?Ou você realmente conquista corações e mentes ou não funciona. Agora, você vê que a gente está evoluindo. Primeiro, foi uma prova de maturidade fantástica o Andrés [Sanchez, ex-presidente corintiano] não pedir reeleição, ao contrário de outros presidentes do país, para dar exemplo de que a gente luta por ideais quando está fora que não mudam quando a gente está dentro. Conseguimos eleger um presidente que tem a maior qualificação dentro do clube. Acredito que a equipe do Mário [Gobbi, presidente corintiano] é um avanço em relação à do Andrés.
O que mudou da gestão do Andrés para a gestão do Gobbi, agora?Tivemos que fazer substituições, e ele foi muito feliz.
No marketing, no futebol, no financeiro? Em tudo. No marketing, ele trocou um economista metido a besta [Rosenberg refere aqui a si mesmo] por um dono de uma Saatchi & Saatchi [agência de publicidade da qual Ivan Marques, atual diretor de marketing corintiano, é sócio-diretor]. É um avanço significativo.
O Ivan está atendendo às expectativas? O Caio [Campos, gerente de marketing corintiano] está tendo com quem dialogar, criar coisas. Como ele iria conversar com um economista para explicar o que é ativação [ação, envolvida em uma campanha publicitária ou feita de maneira pontual, realizada para comunicar ao público o patrocínio realizado]? Melhorou muito.
Depois de vencer uma Libertadores, dá para estimar quanto vale esse título financeiramente? Somando patrocínios pontuais, bilheterias... Ainda não está definido, porque tem muita água para correr. Fiz uma estimativa com o Caio, e por baixo já deu uns R$ 25 milhões. Mas acho que vai dar mais do que isso. A loja está faturando muito mais. É difícil saber. Quando lançarmos o livro da Libertadores, vai ser uma febre. O livro do Brasileirão do ano passado está vendendo muito mais desde que a gente ganhou. Dá para dizer os efeitos diretos, mas os indiretos são muito grandes. E quantos torcedores de três, quatro ou cinco anos eu ganhei? É o consumidorzinho que vai comprar nossos produtos daqui a 15 anos.
Daqui até o Mundial, como o Corinthians irá explorar o título da Libertadores e a participação no Mundial comercialmente?Na verdade, tenho dois produtos para vender. Um é o congelamento da Libertadores em produtos, que é lançar camisetas e livros. Mas eu ganhei de graça um outro produto que talvez seja ainda mais valioso, que é a perspectiva de ganhar um Mundial. Vamos começar a fazer festas para a preparação e a mobilizar a torcida no exterior a favor do Corinthians. Imagine o que teremos de torcedor na Inglaterra. Teremos mais torcida que o Chelsea [virtual adversário corintiano no Mundial de 2012]. Do mesmo jeito que torcemos para o Manchester United contra o Palmeiras [no Mundial de 1999], vamos ter a torcida do Manchester City, do Arsenal. Vão ser todos nossos. Faremos esse trabalho e vamos começar a vender camiseta lá fora.
O mundial será uma oportunidade única de expor a marca do clube para o mundo. Haverá alguma ação para internacionalizar a marca do Corinthians, algo que se fala muito no Brasil e se faz pouco?A gente estava trabalhando nisso mesmo sem o título, então vai acelerar. O que imaginávamos que ia acontecer no ano que vem vai acontecer neste ano. Vamos lançar um programa de TV semanal na televisão aberta chinesa só sobre o Corinthians, de meia hora. Vamos fazer amistosos e trabalhar com a Nike para fazer venda de camisas. Estamos só esperando o calendário do ano que vem, que será atípico, por causa da Copa das Confederações, e achamos que terá brechas legais para amistosos. Estamos negociando com Estados Unidos, África, mundo Árabe e China.
E aí a Nike tem o papel de fazer o meio-campo? Sim, claro. Sempre tivemos a plataforma mais poderosa do mundo para a internacionalização e nunca nos sentimos confortáveis para usá-la. Agora, sim.
Quanto à contratação do Chen Zhizhao, como o Corinthians a avalia depois de todos esses meses? A estratégia para aparecer na China funcionou?Eu estive lá, e você não imagina o "auê" que ele provoca. Note, se o Corinthians tivesse contratado um grande jogador de tênis de mesa da China, já seria notícia. Quer dizer, pegar o que eles fazem de melhor, trazer para o Brasil e aproximar os dois países. Agora, quando o maior país de futebol do mundo pega o time campeão brasileiro, e ele pega um chinês para jogar, isso é pegar uma mulata do [Oswaldo] Sargentelli e colocar para cantar ópera. É muito mais exótico, emotivo, e o chinês está muito feliz com isso. Pena que ele não jogou. Foi se machucar, uma coisa que o marketing não consegue prever. E o menino é bom, viu? Do jeito que está tudo dando certo no Corinthians, ele será o novo Neymar.
O Corinthians, hoje, está sem patrocínio máster, assim como Flamengo e São Paulo. O que aconteceu? Os valores pedidos estão muito altos? As empresas ainda não se sentem confortáveis em pagar R$ 50 milhões? Primeiro, o Corinthians ficou muito contente com os patrocínios pontuais que a gente fez durante a Libertadores, porque eu jamais conseguiria isso em um contrato anual. E você já conhece nosso estilo. Em cinco anos, não muda. O Corinthians é muito caro, negocia de uma forma muito dura e depois entrega mais do que combinou. Estamos tranquilos.
Mas não prejudica ficar sem patrocinador máster? É claro que é como ter um apartamento para alugar. A cada mês que você não alugou, você se arrepende de não ter dado o desconto daquele mês no contrato. Mas a diferença é a postura das empresas. Elas estão muito desalentadas com o quadro econômico mundial. Isso gera um processo mais lento de decisão dentro delas.
Isso deve mudar com a Copa chegando? Não. Isso muda com a economia americana dinamizando, a europeia saindo da miséria, e a gente voltando a crescer. Não tem jeito. Isso é economia, não é futebol.
Durante o Mundial, apenas a cota máster, justamente a que está livre hoje, tem exposição durante a partida. Isso será um trunfo nas negociações? Sem dúvida. Nem precisa dizer, porque as empresas já sabem muito bem.
Como está a exploração comercial da Arena Corinthians? Há alguma negociação ou alguma propriedade vendida?Não, estamos segurando. Eu só vou ter essa arena em setembro de 2014. Quanto mais ela estiver evidente, mais caro eu vendo. Vender agora é vender na baixa. Ela é tão diferente de todas as outras, tão monumental, você não imagina o acabamento que tem aquela arquibancada de dez andares. A hora que o empresário visualizar aquilo... Vai ter um lounge antes dos camarotes que, para uma indústria automobilística colocar os lançamentos, é coisa para gente AAA.
Quando é a hora perfeita para começar a vender? No fim do ano, eu já começo.
Quanto dá para arrecadar com estádio por ano? A nossa estimativa é um acréscimo líquido de receita de R$ 100 milhões por ano.
Os naming rights (direito de nomear um estádio com uma marca) estão inclusos? Sim. São R$ 20 milhões por ano. Mas isso é pouca coisa. O que dá dinheiro é camarote. O estádio continuará com a postura corintiana de Robin Hood. Ele vai ser muito caro para a classe A e suportável para as classes C e D, porque ele é todo segmentado. Mas mesmo assim na área popular o banheiro vai ter ar condicionado. É diferente quando é do dono, porque o zelo é muito maior.
Inclusive, principalmente entre outras torcidas, existem muitas críticas pelo estádio ter um financiamento de R$ 400 milhões do BNDES. Isso mancha de alguma maneira a construção do estádio? Imagine! Financiamento não é doação. Vou pagar igual a todos os outros estádios, sem nenhuma ajuda. Agora, tudo aquilo que foi ampliação exigida pela Fifa, seria justo que eu pague? Quem vai se beneficiar disso? A cidade de São Paulo. Então ela pegou um estímulo que já tinha em lei e cedeu um investimento que dá um grande retorno para ela. Eu pago o meu, ela paga o dela. Tenho R$ 100 milhões para pagar por ano, p****.
O senhor já deu muitas declarações polêmicas, algumas engraçadas, outras alfinetando presidentes de outros clubes. Em algum momento sentiu que passou algum limite?Não, que isso! O que eu faço é aguçar rivalidade, nunca inimizade. A relação que tenho com a diretoria do São Paulo é fraterna, assim como com o Palmeiras e Santos. O futebol precisa disso: mostrar que rivalidade existe, tem que ser aguçada e deve durar rigorosamente 90 minutos dentro de campo. Na hora de sair e pegar o metrô, somos todos proletariados que não sabem como o salário vai chegar até o fim do mês. Não imagino amar ou odiar uma pessoa porque a camisa dela é verde, isso é ridículo. Acho que esse tipo de atitude faz trocar violência por jocosidade.
E tem funcionado? A segurança pública considera a nossa a menos violenta das torcidas. Temos muito diálogo, mostramos o que tentamos fazer, então acho que estamos indo bem.
O Corinthians contratou no segundo semestre do ano passado o lutador de artes marciais mistas (MMA, na sigla em inglês) Anderson Silva. O clube fornece uma academia para treinar, e ele carrega o escudo corintiano em lutas. Após vários meses, como o time avalia o patrocínio? Maravilhoso. A gente descobriu que em outras modalidades não é o time que decide onde vai ter patrocínio, é o mercado. Conseguimos o Anderson da forma que foi, e está indo muito bem o polo. É claro que queríamos um grande time de vôlei, outro de basquete, fazemos com muito sacrifício a natação, mas gostaríamos de ver isso decolando. O Gobbi tem uma participação muito grande para ver o Corinthians na Olimpíada. À medida que ela se aproxima, vai ter mais patrocínios para essa área. Mas infelizmente o clube tem de ser reativo. Em cinco anos, tentamos muito atrair recursos para essas modalidades, mas com muito pouco sucesso.
Qual é o principal problema? Pouca exposição. O Brasil é um país muito focado em futebol.
No caso do MMA, depois que o Anderson Silva se aposentar, vocês pretendem seguir investindo ou é uma coisa pontual na história do clube? Quem vai dizer é o mercado. Acho que se surgir uma liderança forte daqui a cinco anos, quando o Anderson parar, a gente vai ter continuidade.