A empreendedora Bel Pesce, destaque brasileiro no Vale do Silício e sócia da Lemon, falou sobre sua trajetória e sobre como empreender com sucesso
Na sua apresentação, Pesce começou por falar sobre como conseguiu entrar no MIT (Massachusetts Institute of Technology). Filha de família de classe média de São Paulo, geek, sempre gostou de matemática e pensava em fazer vestibular para o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), mas por indicação de um professor mudou de planos. Atrasada no processo seletivo, teve que correr atrás do prejuízo procurando indicações de ex-alunos e de fazer a prova seletiva.
Luís Celso Jr./ Gazeta do Povo
Um dos destaque da edição Recife da Campus Party, Bel Pesce apresentou seu case pessoal de empreendedorismo no sábado
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Já aprovada, conta que se dedicou muito aos estudos. O MIT pedia que os estudantes fizessem quatro disciplinas regulares por semestre. Ela fazia 13. Ainda na faculdade, trabalhou no próprio instituto, desenvolveu projetos empreendedores e completou seu currículo com importantes passagens por empresas como Microsoft, Google e Deutsche Bank. "Muitas vezes a gente vê na mídia histórias de sucesso da noite para o dia. Isso não existe", afirma.
Ao final do curso, se mudou para o Vale do Silício, na Califórnia, onde trabalhou novamente no Google e começou mestrado. Mas sentia uma vontade diferente, de ter o negócio próprio. Pesce conta que só aprendeu o que é empreendedorismo na faculdade, onde desenvolvou alguns projetos e participou de competições. "Sempre fui empreendedora e não sabia", completa.
Decidida, abandonou o gigante das buscas, foi para um empresa menor e quando a oportunidade apareceu encontrou um sócio e fundou a Lemon. A empresa tem no seu principal produto uma "carteira virtual", na qual é possível controlar finanças, recibos e até cartões. "As oportunidades aparecem", conta. "Além disso, a gente nunca faz nada sozinho. Sempre há trabalho em equipe", completa.
Livro
Fora a história de sucesso da sua carreira e a startup, Pesce fez um experimento em maio deste ano: lançou o livro virtual chamado "A Menina do Vale". Um post no Facebook, e depois de um mês o material já tinha 1 milhão de downloads, conta ela.
Foi então que decidiu lançar o livro físico, o que fez durante a Campus Party Recife. O material, publicado pela Editora Leya, é fruto de uma agenda de anotações que faz há anos, toda a noite. Nela escrevia tudo que aprendia durante o dia, pessoas que conhecia, tudo "para não esquecer". "É algo bem nerd", confessa.
O livro físico tem três capítulos a mais que o virtual, que ainda está disponível para download no site oficial.
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